quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Porque tudo que há de mal no mundo, eu mereço o máximo do bom. Sem culpa.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pergunto eu: conheceria ela algum dia do amor o seu adeus? Conheceria algum dia do amor os seus demaios? Teria a seu modo o doce vôo? De nada sei. Que se há de fazer com a verdade de que todo mundo é um pouco triste e um pouco só.




Por ser exato, o amor não cabe em si.
Por ser encantado, o amor revela-se.
Por ser amor, 
invade...
e fim !

sábado, 19 de novembro de 2011

Eu quero um punhado de estrelas maduras.
Eu quero a doçura do verbo viver.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Daria pra escrever um livro se eu fosse contar tudo que passei antes de te encontrar ♪

Você me transformou no eufemismo de mim mesma, me fez sentir a menina com uma flor daquele poema, suavizou meu soco, amoleceu minha marcha e transformou minha dureza em dança. Você quebrou minhas pernas, me fez comprar um vestido novo, tirou as pedras da minha mão. Eu te quero como meu ponto final.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ah, no fim destes dias crispados de início de primavera, entre os engarrafamentos de trânsito, as pessoas enlouquecidas e a paranóia à solta pela cidade, no fim destes dias encontrar você que me sorri, que me abre os braços, que me abençoa e passa a mão na minha cara marcada, no que resta de cabelos na minha cabeça confusa, que me olha no olho e me permite mergulhar no fundo quente da curva do teu ombro. Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços, você cobre com a boca meus ouvidos entupidos de buzinas, versos interrompidos, escapamentos abertos, tilintar de telefones, máquinas de escrever, ruidos eletrônicos, britadeiras de concreto, e você me beija e você me aperta e você me leva para Creta, Mikonos, Rodes, Patmos, Delos, e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Vamos deixar o destino decidir se você fica comigo: você joga uma moeda, se der cara você fica comigo, se der coroa eu fico com você!

domingo, 6 de novembro de 2011





Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.

sábado, 5 de novembro de 2011

Abraços me seguram.

Preciso firmemente estar pousada sobre algo - ou sobre alguém. Abraços me seguram. E eu me agarro. Tenho medo da falta de gravidade: solta demais, me perco, não voo senão em sonhos.

(...) Era sábado, era novembro. Atrás de qualquer palavra que disséssemos havia outras mais tranquilas, porque tínhamos conseguido atravessar quase mais um ano inteiro - eu, ele, todos -,(...) sobreviventes de uma série descolorida de fracassos iguais e mesmas tentativas, idênticas queixas, esperas inúteis, mágoas inconfessáveis de tão miúdas. -Caio Fernando Abreu, em Triângulo das Águas.